Infelicidade interior.

Vou deixar este post, pois amanhã talvez eu não esteja legal nem pra entrar na net, Como já disse dia 24 de fevereiro de 2003, estava caminhando pela rua, queria comer um hambúrguer, vi o Paulo (nome verdadeiro) que me cumprimentou, era porteiro de um prédio, pediu que eu comprasse um hambúrguer pra ele, o prédio era próximo a uma lanchonete, me deu o dinheiro, voltei com lanche dele e o mesmo puxou conversa comigo, ficamos a noite toda conversando, começou ali este relacionamento, casado pai de 2 filhos, no seu 2º casamento, já tinha se envolvido com um cara entre o 1º e o 2º casamento, dizia não viver bem com a mulher, mas que não tinha intenção de se separar, não criei expectativas, sou capaz de viver com um cara bissexual, sou capaz de viver em um triângulo, desde que os 3 estejam cientes e em igualdade, nos 2 primeiros anos eu sempre fui um ótimo namorado, carinhoso, atencioso, fiel, homem (nada contra afeminados)... O relacionamento neste período manteve-se mais por ele, por vezes eu queria terminar, mas ele chorava, não queria terminar, percebendo que cedo ou tarde eu “pularia fora”, ele decidiu que separaria e queria morar comigo, começamos a ver uma casa, contou pra mulher que estava saindo de casa, a mesma parou de tomar os anticoncepcionais e engravidou dele, eu não queria mais, mas ele apareceu em minha casa e disse que ficaria comigo naquele momento só com a roupa do corpo, depois de uma longa e séria conversa, decidimos recomeçar ele decidiu ficar umas semanas na casa de uma tia, neste período ele foi demitido, começou um momento muito difícil, enquanto não achava um novo emprego tinha que manter a pensão dos filhos, por 8 meses eu fiz isso, até que finalmente encontrou um novo emprego em uma cidadezinha a 20 minutos da minha, nesta época estávamos “apertados” financeiramente falando, decidimos que iríamos morar juntos em março deste ano 2007, tudo estava indo muito bem, um relacionamento com amor, carinho, saudades... Sempre perguntei se ele sentia falta de mulher, ele sempre dizia que não, eu falava, vamos, saia com uma se preserve, mas não se envolva, se realmente sente, faça sexo e deixe o amor pra mim, ele dizia que não, mas eu percebia ele olhar as mulheres, no feriado de finados fui a casa dele e um dos companheiros de casa disse que ele tinha ido a Angra, deixou o cel, sumiu 12 dias, não pagou o aluguel, não fez as compras dos filhos, começamos a achar, eu, parentes e amigos que algo aconteceu, no serviço dele o patrão disse que ele estava com atestado de 15 dias, machucou a mão e tinha uma consulta médica marcada para ver se ele ia ter que fazer perícia (INSS), no hospital consegui ver a ficha dele, havia um cel que não conhecia, liguei estava fora de área, mas anotei o número, depois de 12 dias de desespero ele estava em minha frente, com medo de uma agressão minha, eu disse:“Eu só quero te dar um abraço...” Abracei com todo o meu amor e sentido de perdão que jamais tive em toda a minha vida. O que houve? Você desistiu? Arranjou alguém? “Me conta, mas não some...” Ele só chorava, “Sou um monstro, minto pra você, eu não mereço ficar com você...” falou que me contaria tudo em casa, uma coisa interessante ele tirou a carteira de identidade e me deu, inocentemente olhei e repeti “adoro essa foto da carteira...” e devolvi, em frente à casa, disse não está com a chave, “Vou pegar com Pardal (companheiro de casa) ele foi e não voltou, pelo número do cel descobri que ele estava morando a 4 ruas de minha casa com uma mulher que conhecera 1 mês antes, mais uma vez na minha frente, chorou e disse estar em uma igreja, abandonou esta vida, se curou, e eu poderia me curar também, por morarem próximo a minha casa passam por mim com bíblia em baixo do braço, abaixam a cabeça e mudam de lado da rua, como se eu fosse um monstro, ele quando está só se esconde ou vira em outra rua, se casaram pela igreja no mês passado com apenas 3 meses juntos. E eu? Me diz Deus! Por que eu tenho que chorar quase todos os dias?