segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Se não damos o respeito, como queremos recebê-lo?

Oi miguininos e miguininas! Continuo ainda sem muito tempo, devido a isso, escrevo mais um tópico daqueles que seriam vários em um!

Parte 1 – Nova enquete.

O que vou te contar não é novidade, já deve ter acontecido com alguns amigos meus daqui, nós gays temos muito que nos cuidar em relação a maldade na cabeça dos ditos “normais”. Há um taxista que eu sempre chamo quando preciso, o ponto dele é em frente a um shopping, enquanto o esperava, veio um segurança do shopping e começamos a conversar, quando a taxista chegou, o segurança falou pra eu voltar mais vezes, percebi que o segurança ficou me olhando muito. Outro dia eu atrasado pra ir ao meu trabalho, chamei o taxista, enquanto esperava, o segurança apareceu e batemos mais um papo, percebeu meu crachá dentro do bolso, perguntou onde trabalho, eu disse... Outro dia o taxista me contou que o tal segurança fez perguntas sobre mim, se eu era gay e seu tinha grana. O taxista, que é um amigo de longa data, disse que respondeu pra ele que não sabia ao certo, mas que eu pegava sempre o táxi dele, o segurança fez o comentário: “Então ele tem grana sim.” Outro dia em frente ao shopping, o segurança apareceu e mais um papo rolou, me perguntou na lata se eu era gay, eu disse, na lata, que sim, começou a fazer perguntas sobre o mundo gay, enquanto eu esclarecia sobre assuntos GLBTs ele começou a meter a mão no pau e a ficar mexendo no cacetete. Não sou santo, mas sou muito comportado, resisti o tesão e não fiz nenhuma insinuação, o fato do tal interesse financeiro me travou. Outro dia voltamos a nos falar e ele perguntou meu horário de trabalho, o que eu faço quando saio do serviço, se eu ia a locais gays... Aí perguntei sobre o horário de trabalho dele, o que ele fazia também depois do horário do serviço, ele disse que ia pra casa dormir, durante a folga o que ele costuma fazer, ele disse geralmente nada... Vocês acreditam que ele contou para o taxista que eu dei em cima dele perguntando o que ele fazia depois do trabalho? Ainda disse pro taxista que me achou um rapaz legal, inteligente e educado, mas que ele não curtia essas coisas, que posso aparecer por lá para bater um papo, mas não ficar com segundas intenções. Gente, fiquei tão indignado. A enquente que fiz é sobre isso, dêem suas opiniões. Se quiserem acrescentar algo façam um coment.

Parte 2 – Passeata.

Alguns dias atrás teve a parada GLBT na minha cidade, já disse por aqui que me recuso a ir, pois fico muito puto, pois acho que só neste dia os gays deveriam se comportar, mas decidi ir para ver como estava, porém, eu simplesmente esqueci. Fiquei sabendo que rolou a mesma putaria de sempre. Infelizmente. Se não damos o respeito, como queremos recebê-lo?

Ainda falando em passeata, a minha amiga, já comentei sobre ela aqui, conheceu o namorado dela na passeata do ano passado. É mole? Ela está com ele a mais de um ano, acho o cara muito legal, simplesmente pediu a Querida* em noivado, era para ser uma surpresa, mas ela descobriu antes, ficou toda doida, não sabia se aceitava ou não, nessa loucura mental, acabou decidindo na ultima hora, foi ao noivado “surpresa” e aceitou, porém, a mesma Querida* fala comigo que está apavorada com esses atropelos do cara. Pode gente? Um monte de colegas querendo um namorado e ela assim? Até que concordei com ela, acho que essas coisas são decididas com muita conversa entre os dois, ele não pode decidir tudo por ele... Seria mais legal ele bater um papo com ela pra ver se a mesma estava a fim de noivar, com a resposta positiva, ele poderia então marcar daqui a 8 meses, ai sim fazer uma surpresa em umas 2 semanas... Esta semana eu e ela saímos pra conversar, ele ligou e chamou a gente pra ir a um barzinho estilo mexicano, quando chegamos lá, ele simplesmente avisou que ano que vem irão se casar... Babado, estava eu mais um amigo dele. Como ela mesma disse, pressão! Estão vendo? Enquanto os gays falam do “amor de passeata”, esse ano mesmo vivi um, os heteros se casam! Sei que vocês amigos poderão citar vários casos que deram certo depois de passeatas, mas tenho certeza que quase a totalidade não seguem adiante, por isso que existe a expressão “amor de passeata”. Mais uma vez digo: Se não damos o respeito, como queremos recebê-lo?

Parte 3 - Vingancinhas da vida

Querida* - Ela não me chamou para o noivado, ela disse que não sabia se iria ou não, na verdade por ser uma surpresa o namorado dela que deveria ter me chamado, foi aí que no bar mexicano eu cobrei a ele, eu e ele: - A culpa é sua, pois, ela não sabia e você deveria ter me chamado... – Tudo bem, no noivado você não foi, mas no dia tal do ano que vem, no casamento você vai! Fui o culpado por ele ter marcado sozinho a data do casamento. Ela ficou P da vida! Uh sou mal!

Fui à casa de meu e meu amigo pobrinho, o convidei pra ir ao McDonald... Sim, sou viciado nesta porcaria, ele não queria ir, disse preferir um barzinho, mas eu queria matar o meu vício, fomos pra depois ir a um bar, porém, o lanche demorou muito, quando cheguei à mesa, fiquei tão P da vida, pois meu amigo estava com cara de “fuinha”, quando saímos não deu em outra, começamos a discutir, principalmente depois que chegamos ao bar e o mesmo estava fechado. Aí sentamos em uma praça próxima pra decidirmos aonde iríamos, então para um cara de moto e pergunta, eu, ele: - Aonde estão as mulheres!? Eu aborrecido disse: -Não sei te dizer, pois nem reparo nelas já que sou gay. – Direto você!? Gostei, está a fim de dar uma volta? Como não fazia meu tipo, ajeitei para que ele e meu amigo saíssem, eles se foram, fiquei só, sem saber o que fazer o resto da noite, fui pra casa cedo, ou seja, a noite foi péssima, deu tudo errado pra mim, no outro dia, soube que o cara foi muito ruim de cama. Hehe! Meu amigo pagou pela noite péssima e solitária que me deixou! Uh sou mal.

Parte 4 - Fundo do tacho.

Terminei de ver a 1ª temporada da série Heroes, achei alguns furos no roteiro, mas a série é legal, de 0 a 10, dou 7. Também vi o filme Tropa de elite na cópia pirata, achei bem legal, está sendo muito falado, um pouco violento, mas vale a pena ver, nota 7.

Lembrei que dia 22/09 foi aniversário do meu ex, o Paulo, e graças a Deus estou vendo que estou indo muito bem sem ele.

Sobre as enquetes, as respostas foram as mais variadas, veja abaixo, achei legal pelo fato de alguns heteros visitarem meu blog, nada mais que o reflexo da mudança que vem ocorrendo em nossa sociedade. Traçar um perfil fica difícil, ou seja, sou visitado pela diversidade hehehe!

Sobre alguém comprometido a fim de ficar com você...

2 - Fico sem problemas e vejo no que dá.

4 – Fico, mas não me envolvo.

1 - Fico uma vez e depois dou o fora!

3 - Fico enrolando, digo que vou, mas nunca vou...

2 - Não fico.

Eu sou...

2 - Bi

3 - Hetero

6 - Homo

0 – Trans

Eu sou... Nº2

1 - Ativo

1 - Passivo

3 - Versátil

1 - Mais ativo que passivo

0 - Mais passivo que ativo

Eu sou... Nº3

2 - Menos de 20 anos

1 - 20 a 25

2 - 25 a 30

3 - 30 a 35

0 - Mais de 35

Como achei esse maravilhoso blog?

5 - Link em outro blog.

0 - Pesquisa pelo nome/assunto.

3 - O lindão dono do blog visitou o meu blog, não resisti ao seu charme e apareci por aqui como quem que não quer nada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Simples assim! O menino cresceu!

O tópico é daqueles enormes, dividi em partes como fiz em outro post anterior, quem quiser leia uma parte e depois a outra.

Parte 1

Passou em um programa local uma matéria sobre homossexualidade na minha região, simplesmente um colega meu foi filmado por uma câmera escondida, em ações, digamos que inapropriadas, o pior que na chamada para o programa parte da cena aparecia... Ele preferiu deixar cair no esquecimento.

Gente! Tem as enquetes aí ao lado, sei que coloquei um monte delas. Não tem a Historia do melado e a criança? Pois é, na minha primeira vez me lambuzei e coloquei um monte de perguntas, prorroguei o prazo de votação.

Essa semana doei alimentos para carentes e comprei 4 camisas e um par de tênis pro meu amigo “probrinho”! Puxa ele chorou. O tênis é tão bonito que comprei um par igual pra mim também :)

No meu local de trabalho inventaram uma tal de gincana da primavera, puxa ficar enfeitando tudo com balões e flores, as vezes eu penso que sou um gay meio errado, pois não levo jeito para enfeitar as coisas. Hehehe!

Aquele colega de trabalho que se declarou bi, nada aconteceu, entro no orkut do cara e já encontro a foto com a namorada e a frase “Esse é o grande amor de minha vida, faço tudo por ela” toma no meu cú, né! Mas ok! Direito dele! Mas não estou a fim de entrar em coisas deste tipo no momento, mesmo assim, achei que seria bom apresentá-lo a um colega meu, achei que eles se dariam muito bem, porém meu amiguinho bi do trabalho não pareceu muito interessado, então “The End” pra este filme!

Parte 2

No passado entre o meus 1º e 2º namorados, estava em um bar gay e encontrei uma carteira na cadeira em que eu ia sentar, daquelas carteiras de camelô que tem o emblema da policia federal, vi pela identidade um cara com mais de 40 anos, branco, com um bigode, sim, eu gosto mesmo é de caras mais velhos, a carteira tinha a quantia de 105 reais, 4 fotos 3x4 dele, uma foto 3x4 de uma garotinha, CPF, 1 cartão telefônico, 1 carteira de sócio de um clube da minha cidade, papeis de caixa eletrônico, 2 cartões de crédito, 1 cartão de banco, vários cartões de táxi, vários papeis com números de telefones, um talão de cheques, 1 camisinha e 4 cupons para sorteio de prêmios. Como eu sei? Eu fiquei muito interessado naquele cara, e vasculhei cada milímetro daquela carteira, com muitos números de telefone, não seria difícil devolve-la, mas eu queria ir a casa dele, encontrá-lo frente a frente, como eu já disse, havia 4 cupons de uma padaria com um código que seria sorteio de prêmios, pelo endereço fui tal padaria ainda na parte da manhã, contei que encontrei a carteira e fui informado onde ele morava, ao chegar mãe do mesmo me atendeu, disse que ele estava dormindo, muito simpática a senhora me convidou para entrar, foi ao quarto dele e o acordou, ela adorava conversar e foi falando um monte de coisas, perguntou se eu o conhecia, eu disse que não, ela disse que eu não sairia sem almoçar, foi então que o ZL apareceu e entreguei a carteira, ele disse surpreso: - Com o dinheiro!? Toma 50. Não aceitei. Acabei almoçando na casa dele, eu olhava muito pra ele, ele começou a perceber e olhava pra mim sorrindo, queria me levar para casa, claro que aceitei, no caminho, ele, eu: - Onde você encontrou a carteira? –No bar! – Como pude vacilar desta maneira? Deixar a minha carteira no bar? – Pra você ver! Eu estava com um tesão nele, percebendo que ele me olhava com cara de safado, ataquei: - Quero uma recompensa por ter devolvido a carteira! –Já sei o que você quer! É melhor deixar isso quieto! - Eu quero um beijo. Sem delongas beijou a minha boca -Só isso, que você quer? -É... Mas eu acho que mereço mais um! Deu risada e me deu mais um beijo, mão aqui, mão ali, agarramento... – Garoto, não me provoca não, garoto! Vamos pra minha casa? Gente! Não sei até hoje se a mãe dele que devia ter mais de 60 anos sabia exatamente o que acontecia naquele quarto, sei que a gente foi pra lá todas as vezes que era pra rolar algo. Ele era separado na época, vivia com a mãe, tinha uma filha de 7 anos que me adorava, ele trabalhava em uma cidade vizinha, eu estudava na época, a gente se encontrava de sexta a noite a domingo, muito carente e carinhoso, fazia carinhos em público, por ser um homem muito alto, a sua aparência intimidava as pessoas, mas na verdade acho que as pessoas pensavam que era pai e filho (21 anos de diferença). Um mês se passou, ele já tinha dito que bebia muito, mas eu nunca tinha visto ele bêbado, em uma festa ele bebeu e se transformou, ignorante, ciumento, galinha, cantava homens e mulheres... Começou meu inferno. Depois deste retorno a bebida que ele tinha parado depois que me conheceu, todos os encontros, sem nenhuma exceção, ele ficava bêbado, outra coisa que me deixava com muito medo é que ele dirigia, não aceitava ninguém dirigir pra ele, sempre achando que estava bem. Um dia cheguei ao encontro e ele tinha sido assaltado, estava só com a calça jeans, entrei no carro, ele me implorou chorando 50 reais, eu falei que só daria se ele me contasse para que. Ele não queria me contar, insisti, Ele: – Preciso cheiraaar Porrraaa! Me da, meu filho, por favor! Eu dei e exigi dirigir. Sob orientação dele guiei o carro até o local da favela onde vendia a droga, eu estava muito chocado com aquilo, mas queria vê-lo fazer na minha frente. Ele não queria que eu visse, mas forcei a barra, ele cheirou no carro e se acalmou. Eu já tinha visto gente usar vários tipos de drogas, mas o problema é que ele estava, a meu ver, totalmente dependente de álcool e cocaína. Decidi que era muito pra mim, levei o carro para casa dele, a mãe dele acordou muito triste e me disse: - Não sei o que fazer mais com meu filho! Ele arranja namorada ou amigo, fica bem por um tempo e depois volta a beber. Ali eu entendi porque ela fazia vista grossa, ou talvez preferisse que seu filho tivesse um caso homo a ficar se drogando e bebendo. Naquele domingo voltei para almoçar, não apenas por ele, mas por sua mãe também, então perguntei se ele gostava mesmo de mim, 2 meses juntos, ele disse que sou maravilhoso, que gostava muito de mim, sentia muita falta durante a semana, não queria me perder, então combinamos ir ao AA no próximo sábado. Ele aceitou, porém no dia da reunião ele não veio da outra cidade, não atendeu meu telefone, no domingo me ligou pedindo perdão e para eu ir almoçar na casa dele, fui e remarcamos para o próximo sábado. No outro sábado ele não atendeu o celular, mas estava em casa, pois a mãe dele havia me dito, eu não liguei mais pra ele. No domingo ele me ligou pedindo mais uma vez para eu ir almoçar por consideração a mãe dele, mesmo assim eu não fui. A tarde ele me ligou, implorou que eu fosse a casa dele, eu não fui. As 8 da noite resolvi ir, ao chegar ele estava no bar bebendo, quando me viu tentou se esconder, mas fui até ele e falei frente a frente que não ia dar mais, me procure se quiser ir no AA. Fui para o ponto de ônibus onde tinham pessoas, ele se aproximou bêbado: -Você não pode fazer isso, não pode me deixar! Eu dava risada e fingia que era parente meu que estava bêbado brincando, mas estava muito sem graça. - Devolve a minha foto que te dei! Prontamente tirei a foto 3x4 que tinha em minha carteira, entreguei a ele, o ônibus chegou e fui embora.

Parte 3

Enfim, passaram-se 9 anos e na quinta passada pela manhã reencontrei o ZL, um abraço! Como estamos indo? Papo rápido, mas não deixou de falar feliz que havia deixado as drogas e a bebida há 5 anos, troca de telefones, encontro marcado para quinta a noite. Na quinta nervosismo, ele aparece, entro no carro, vamos bater um papo em um local discreto, carro com vidros escuros, “abate móvel”, parados em uma pracinha próxima a minha casa, crianças brincando em uma cama elástica, deitei no colo dele, falei sobre o que aconteceu nestes últimos 9 anos, eu, ele: - Quer deitar no meu colo também? Deitou e levantou a mão e disse: –Massagem! - Caramba! Você ainda se lembra!? Beijos, sorrisos... Depois que embarquei naquele ônibus há 9 anos, ele continuou usar cocaína e a beber, perdeu o bom emprego que tinha, não cheguei a perguntar como ele conseguiu abandonar a cocaína e o álcool, ao invés disso, eu preconceituoso perguntei se ele havia virado crente, ele disse que não, disse que foi fácil deixar a cocaína, muito difícil deixar o álcool, não conseguiu abandonar o cigarro, um ano depois conheceu uma mulher, se casaram, mas devido a um AVC ela faleceu há 35 dias, LZ começou a chorar e desabafar, deitado no meu colo, eu fiz cafuné... - Quando chego a casa, procuro por ela até no banheiro, fico na cama e começo a chorar... Luiz meu filho! Sabe que você sempre foi meu menino? Luiz, preciso muito de você... Vamos fazer o seguinte, vamos almoçar domingo na casa de mamãe? Ela sempre pergunta por você. -Vamos sim, mas vai com calma, reflita, você está muito carente neste momento, eu já estive assim quando meu namorado me deixou, mas saiba que você tem um amigo que sou eu. Ele estava convencido que o meu aparecimento neste momento de sua vida era coisa do destino. –Amanhã (sexta) a gente se encontra? - Claro, garoto! Beijo, abraço apertado, despedida... Chego a casa pensando sobre aquilo, percebi que estou muito desacreditado infelizmente. 1 hora antes do encontro, ligo: - Opa! Tudo certo hoje? Com um tom meio agressivo ele disse: - Luiz, estou deitado na cama já quase dormindo, pensei e vi que não estou preparado para um novo relacionamento. - Ok! Entendo que ainda está muito recente a sua perda, valeu então! –Valeu. –Tchau. –Tchau.

Simples assim.

Estou fugindo de complicações, o menino cresceu, estar só, ficar sem fazer sexo não mata ninguém, pelo menos, não me matou nestas semanas.